quarta-feira, 3 de abril de 2013

SERVIDORES SUPERLOTAM A ENTRADA PRINCIPAL DO TJ/MG EM BELO HORIZONTE E EXIGEM CUMPRIMENTO DE ACORDO

Conheça as marchinhas cantadas com entusiasmo pelos manifestantes
Mais uma vez, os servidores da Justiça estadual, das 1ª e 2ª Instâncias, superlotaram o trecho da rua Goiás, em Belo Horizonte, à entrada principal do prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Em faixas, cartazes e adesivos, e ao som de apitos e animadas paródias de marchinhas antigas, centenas deles compareceram a mais um ato público conjunto convocado pelos sindicatos para manifestar a indignação da categoria diante da intransigência da administração do TJMG nas negociações sobre a implementação do reajuste escalonado. De cima do carro de som, dirigentes dos sindicatos e outros grevistas se revezaram ao microfone dirigindo recados ao presidente do Tribunal e outros desembargadores que têm se destacado nas negativamente nas negociações e nos contatos com os servidores.
“Ou o Tribunal acaba com a evasão ou a evasão acaba com o Tribunal”, avisou o coordenador geral do SINJUS/MG, Robert França. “A negociação de ontem foi para jogar o reajuste escalonado fora. Mas (o reajuste) vai sair, sim. Por isso estamos aqui. Arrancaremos, juntos, o escalonado. Contamos com cada um de vocês. Escalonado é garantia de salário real até 1917. Não vamos deixar passar este momento. Vamos lutar até o TJMG cumprir o acordo”, exortou o presidente do SINDOJUS/MG, Wander da Costa Ribeiro. “A greve é legítima”, lembraram várias vezes os servidores.
“Achavam (os desembargadores do TJMG) que a liminar do desembargador Belizário fosse suspender a nossa greve. Mas a greve é legal, é legítima, e o STF reconheceu isso”, frisou um servidor, referindo-se à liminar que foi concedida ontem (terça-feira, 2) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, ao SERJUSMIG, suspendendo a decisão do desembargador Belizário de Lacerda, do TJMG que declarou “ilegítima” a greve dos servidores da 1ª Instância da Justiça do estado de Minas Gerais. “As negociações estão só começando, mas não vamos aceitar qualquer proposta não”, alertou outro servidor, completando: “O momento é de unidade, de não arredar o pé. Não vamos arredar o pé enquanto não houver uma proposta que eleve o nosso nível salarial”.
O ato em frente ao TJMG atraiu oficiais de justiça e outros servidores não só da capital, mas também de várias outras cidades, da Região Metropolitana e de regiões mais longínquas. Antes do ato, logo no início da tarde, os cerca de mil servidores da 1ª Instância que compareceram à assembleia geral convocada pelo SERJUSMIG aprovaram entusiástica e convictamente a continuidade da greve da categoria.
No final desta tarde, dirigentes do SINDOJUS/MG, SINJUS/MG e SERJUSMIG seguiram novamente para o TJMG, para onde estava marcada mais uma reunião de negociações entre os representantes do Órgão e da categoria. A esperança é de que esse novo contato resulte em notícias mais otimistas, já que no encontro de ontem os desembargadores e técnicos que representaram o Tribunal não trouxeram nenhuma contra-proposta ou algo de novo e concreto. Outra expectativa dos servidores é de que, ainda nesta quarta-feira, o ministro Marco Aurélio, relator da reclamação apresentada – em conjunto – pelo SINDOJUS/MG e SINJUS/MG, no STF, siga o exemplo do colega Teori Zavascki e conceda a liminar pleiteada pelas entidades, também suspendendo a decisão do desembargador Belizário que declarou “ilegítima” a greve dos oficiais de justiça e servidores da 2ª Instância.
 
Fonte: SINDOJUS/MG
Publicado em MeirinhoMor.Of por RUI RICARDO RAMOS

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